Revista Saúde & Estilo - CIRURGIA NAS MAMAS ATRAPALHA A AMAMENTAÇÃO?

A redução da mama impede a amamentação? Se imaginarmos que conseguimos viver apenas com um pulmão ou com um rim e que mulheres submetidas à ressecção (retirada) total de uma das mamas por câncer, por exemplo, conseguem amamentar seus filhos exclusivamente com uma única mama, fica mais fácil a compreensão. Quando há a retirada do tecido mamário, as mamas vão produzir a quantidade de leite necessária para a nutrição do recém-nascido até, pelo menos, 6 meses de idade. O déficit de crescimento e ganho de peso do bebê nos primeiros meses de vida, no entanto, nunca deve ser subestimado. Um acompanhamento é fundamental para avaliar se é necessário utilizar medidas complementares.


O que dizem os estudos científicos?

Revisões da literatura sobre esse tema concluem que as chances de uma mulher que realizou redução das mamas conseguir amamentar são praticamente as mesmas de uma que não passou pelo procedimento.


Próteses de silicone interferem na prática?

Não. A amamentação, nesse caso, também ocorre normalmente.


O que realmente pode afetar o aleitamento?

O fato de não amamentar ou ter dificuldades após uma cirurgia plástica está mais relacionado aos aspectos emocionais e ao conhecimento da mãe em como obter uma boa pega do bebê, por exemplo, do que com a cirurgia em si. Amamentação é uma arte, que deve ser compreendida como um todo. Ter resiliência, ficar calma mesmo quando as coisas não estão dando certo, buscar orientação profissional e apoio dos familiares é fundamental para o sucesso. Não podemos nos esquecer de que a amamentação é boa quando a mãe e o bebê estão felizes e saudáveis.


Nesse sentido, é preciso quebrar o mito de que a operação das mamas impedirá a mulher de amamentar e estimular sempre a prática do aleitamento materno, que previne doenças como o câncer de mama e de ovário, diminui o risco de sangramento pós-parto e evita a anemia, além de salvar a vida de milhões de crianças em todo o mundo.


Link Original

What's App